Inspeção ocorre após divulgação de supostos grampos
envolvendo o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin. Varredura foi
solicitada por Cármen Lúcia diretamente ao diretor da PF.
Por
Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília
A Polícia
Federal fará neste fim de semana uma varredura em telefones e gabinetes de
todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A inspeção será feita a
pedido da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, segundo informações do
próprio tribunal.
O varredura foi
solicitada por Cármen Lúcia ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello,
As varreduras
para detectar grampos ou outras ameaças ocorrer periodicamente no Supremo. Mas
essa inspeção, determinada pela presidente da Corte, será realizada após a
divulgação de supostos grampos envolvendo o relator da Operação Lava Jato,
ministro Edson Fachin.
No último dia
10, a revista "Veja" informou em reportagem que o governo Michel
Temer acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para
"bisbilhotar a vida de Fachin".
O objetivo da
investigação sobre o magistrado seria, segundo “Veja”, fragilizar e constranger
Fachin, que é relator de um inquérito que investiga Temer no Supremo com base
nas delações da JBS.
Na ocasião, o Palácio
do Planalto negou qualquer investigação por parte da Abin e Temer chegou a
ligar para Cármen Lúcia para desmentir a reportagem.
Mesmo assim, a
presidente do Supremo divulgou nota, em tom grave, mostrando indignação com
a suposta devassa na vida de Fachin.
Na nota, Cármen
Lúcia disse que a possível "devassa" contra o ministro era
"própria de ditaduras". A presidente do STF também acrescentou que a
Corte repudia, com veemência, "espreita espúria, inconstitucional e imoral
contra qualquer cidadão e, mais ainda, contra um de seus integrantes, mais
ainda se voltada para constranger a Justiça."
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